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sábado, 12 de março de 2011

"08 de Março Dia Internacional da Mulher"



Se Não Tivesse Sido Agora
Se não tivesse sido agora, faria ter sido antes
É que todo homem diante do amor treme
Eu não, eu sou diferente, sou mulher!
Fraca, fresca, fria, fútil...nada disso,
Forte, fogosa... Faminta!
Mulheres até choram, mas nunca tremem...
Homens...ah, esses sim!
Todo homem chora diante da morte.
Valorosos, viris, vistosos, vorazes...não!
Vis, vãos, vacilantes...
Se tivesse sido antes...não estaria pronta.
Toda mulher diante do parto é mãe.
Generosa, geradora, genitora ...gente.
Todo homem diante do parto é menino...
Sêmen, semente, sedutor...sexo.
Se não estivesse pronta... não teria sido agora.
Porque toda morte diante da mulher treme,
Porque todo amor diante do homem chora!
Adriana Moraes Galvão

O Outro Lado da Folia




Carnaval. festa marcante em minha vida.
Lembro de maravilhosos momentos, grandes momentos, felizes momentos e em minha infância e adolescência.
Morava no interior. E como era boa a folia por lá...
Durante o dia, esperávamos com ansiedade a hora em que os “Bobos” iriam passar. Eram adultos fantasiados de uma maneira que ninguém conseguia identificar. Eles vinham em bando, cantando e tocando,. Bebiam, comiam, dançavam e saíam para alegrar outras casas, nos deixando encantados e curiosos. E ai, os mais afoitos e corajosos seguiam os “Bobos” com suas lanças plásticas multicoloridas, que lançavam jatos de água, numa guerra desleal, pois os “Bobos” com tantas roupas nem sentiam os pequenos jatos que diminuíam por quase que evaporarem ante o tremendo calor que se fazia.
Para completar a folia, íamos para matinê, devidamente fantasiados, com nossos saquinhos de confetes e serpentinas para continuar a brincadeira, costume que até hoje mantenho. Só saio no carnaval com meu saquinho de confetes e serpentinas e no momento em que jogo me reporto à infância ao ver aqueles pontos coloridos flutuando no céu e girando no ar como se fosse um sonho. Sonho esse de que fui acordada ao ver um cordeiro* olhando com olhos de menino para o rodopio da serpentina no ar, não tive dúvidas e me aproximei, oferecendo e o convidando para brincar me remetendo ao passado feliz. E qual não foi minha surpresa;,ele olhou meio que desconfiado para os lados e meteu a mão no saquinho começando a jogar confetes pelo ar. E u vi a felicidade de um menino por alguns segundos em seu olhar, Momento ímpar onde não usamos palavras. Nossa atitudes e olhares se entenderam no meio do turbilhão do carnaval.
*os seguranças de blocos, que seguram a corda para separá-los da multidão.
Texto Rose Mendonça
Foto pelas lentes de Rose Mendonça
(Autorizada)
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