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domingo, 20 de março de 2011

Oficina de Maracatu



Já estão abertas as inscrições para a Oficina de Maracatu do Baque Alagoano. Custa apenas R$ 20,00 (vinte reais) mais 1kg de alimento não perecível. Mas, atenção, as vagas são limitadas.

O evento ocorrerá durante os sábados do mês de Abril, começando no dia 2 (ver flayer acima). A proposta para 2011 é possibilitar aos participantes maior tempo de estudo de cada instrumento que faz o ritmo do Maracatu. Além disto, pretende-se chamar a atenção dos oficineiros para a importância dessa manifestação para Alagoas e para a cultura em geral.

Contatos:

baquealagoano@gmail.com

mbaquealagoano@gmail.com

Andressa: (82) 9326-0669

Rômulo: (82) 9997-4515

Pablo: (82) 8844-1340

Fonte: maracatubaquealagoano.blogspot.com

"Fim do verão, início do outono ..."



Período de mudanças, fase q favorece o amadurecimento...

Águas de Março

Tom Jobim

É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é o laço, é o anzol
É peroba do campo, é o nó da madeira
Caingá, candeia, é o MatitaPereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto o desgosto, é um pouco sozinho
É um estrepe, é um prego, é uma ponta, é um ponto
É um pingo pingando, é uma conta, é um conto
É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manhã, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
É o projeto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato, na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé
São as águas de março fechando o verão,
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um belo horizonte, é uma febre terçã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
pau, pedra, fim, caminho
resto, toco, pouco, sozinho
caco, vidro, vida, sol, noite, morte, laço, anzol
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Agradecimento



Convidados por Wilson Santos para abrir o Show da Orquestra de Tambores de Alagoas, na Feira das Nações, realizada no Centro de Convenções em Maceió, a sensação foi de enorme responsabilidade. Primeiro porque conhecemos e admiramos o trabalho deste grande percussionista alagoano. Em segundo lugar, por sermos fãs da Orquestra de Tambores.
Nós preparamos e fomos dar o nosso recado.
Como nosso trabalho tem como característica a interação de forma intensa com o público – afinal, o canto popular nasceu do povo, acompanhado apenas de percussão, como é nossa proposta – resolvemos fazer uma intervenção, tocando, cantando e dançando pela feira até chegarmos ao palco.
No palco, começamos a nossa apresentação. Para nossa surpresa, as crianças começaram a subir no palco e dançar conosco. Um momento muito significativo, já que é o interesse da juventude é que garantirá a continuidade de nossos folguedos.
Na platéia, muitas pessoas especiais como Gal Monteiro, Marcos do Restaurante “Bodega do Marquinhos”, Demis Santana, Cristhiano Barros do Coletivo Afrocaeté além dos nossos amigos do Maracatu Baque Alagoano, a quem fizemos uma singela homenagem, cantando músicas de maracatu e convidando-os para subir no palco com seus instrumentos e nos acompanhar.
Fizemos bonito!!!
Obrigada Wilson por ter nos proporcionado esse momento tão especial.

Texto Rose Mendonça
Foto Rose Dias

sábado, 12 de março de 2011

"08 de Março Dia Internacional da Mulher"



Se Não Tivesse Sido Agora
Se não tivesse sido agora, faria ter sido antes
É que todo homem diante do amor treme
Eu não, eu sou diferente, sou mulher!
Fraca, fresca, fria, fútil...nada disso,
Forte, fogosa... Faminta!
Mulheres até choram, mas nunca tremem...
Homens...ah, esses sim!
Todo homem chora diante da morte.
Valorosos, viris, vistosos, vorazes...não!
Vis, vãos, vacilantes...
Se tivesse sido antes...não estaria pronta.
Toda mulher diante do parto é mãe.
Generosa, geradora, genitora ...gente.
Todo homem diante do parto é menino...
Sêmen, semente, sedutor...sexo.
Se não estivesse pronta... não teria sido agora.
Porque toda morte diante da mulher treme,
Porque todo amor diante do homem chora!
Adriana Moraes Galvão

O Outro Lado da Folia




Carnaval. festa marcante em minha vida.
Lembro de maravilhosos momentos, grandes momentos, felizes momentos e em minha infância e adolescência.
Morava no interior. E como era boa a folia por lá...
Durante o dia, esperávamos com ansiedade a hora em que os “Bobos” iriam passar. Eram adultos fantasiados de uma maneira que ninguém conseguia identificar. Eles vinham em bando, cantando e tocando,. Bebiam, comiam, dançavam e saíam para alegrar outras casas, nos deixando encantados e curiosos. E ai, os mais afoitos e corajosos seguiam os “Bobos” com suas lanças plásticas multicoloridas, que lançavam jatos de água, numa guerra desleal, pois os “Bobos” com tantas roupas nem sentiam os pequenos jatos que diminuíam por quase que evaporarem ante o tremendo calor que se fazia.
Para completar a folia, íamos para matinê, devidamente fantasiados, com nossos saquinhos de confetes e serpentinas para continuar a brincadeira, costume que até hoje mantenho. Só saio no carnaval com meu saquinho de confetes e serpentinas e no momento em que jogo me reporto à infância ao ver aqueles pontos coloridos flutuando no céu e girando no ar como se fosse um sonho. Sonho esse de que fui acordada ao ver um cordeiro* olhando com olhos de menino para o rodopio da serpentina no ar, não tive dúvidas e me aproximei, oferecendo e o convidando para brincar me remetendo ao passado feliz. E qual não foi minha surpresa;,ele olhou meio que desconfiado para os lados e meteu a mão no saquinho começando a jogar confetes pelo ar. E u vi a felicidade de um menino por alguns segundos em seu olhar, Momento ímpar onde não usamos palavras. Nossa atitudes e olhares se entenderam no meio do turbilhão do carnaval.
*os seguranças de blocos, que seguram a corda para separá-los da multidão.
Texto Rose Mendonça
Foto pelas lentes de Rose Mendonça
(Autorizada)
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